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domingo, 19 de dezembro de 2010

Rapidinhas

Rapidinhas da 7ª Bienal da UNE

  • O terreno da UNE fica em frente ao Aterro do Flamengo, onde serão as atividades da 7ª Bienal da UNE.
  • O presidente Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes estarão presentes.
  • A Bienal acontece no Aterro do Flamengo. O valor de R$ 30 dará direito a alojamento na UFRJ/Fundão e transp. dentro do RJ.
  • Já estão confirmadas também as presenças de Martinália, Martinho da Vila e Beth Carvalho.


 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Presidente Lula marcará pedra fundamental da nova sede da UNE nesta segunda, dia 20

Os estudantes voltam definitivamente para o local chamado "a cada do poder jovem". Uma homenagem também aos ex-presientes das entidades e lideranças estudantis para celebrar a conquista de gerações


   Na próxima segunda-feira, dia 20 de dezembro, às 16h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o terreno da antiga sede da UNE e da UBES, na Praia do Flamengo, 132, no Rio de Janeiro Ele estará acompanhado do governador do Rio Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes . O espaço abrigou o prédio da UNE e UBES até 1964, quando foi invadido e incendiado pela ditadura, sendo posteriormente derrubado. Em 2007, os estudantes recuperaram o terreno.
Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes participarão do ato de lançamento da pedra fundamental que dará início à construção do novo prédio das entidades estudantis. “É uma data especial para os estudantes brasileiros. Esperamos muito tempo para podermos colocar de pé novamente essa que já foi chamada de ‘a casa do poder jovem’ e a ‘casa da resistência democrática’”, falou ao EstudanteNet o presidente da UNE, Augusto Chagas.

"A reconstrução da sede, no Rio de Janeiro, nada mais é, do que uma reparação histórica do que foi feito com as entidades estudantis nos tempos da ditadura. Nada mais correto do que o Estado brasileiro, na imagem do presidente Lula, na segunda-feira, devolver às entidades esse espaço de debate e de construção da democracia"
   No dia 21 de junho deste ano, a lei 12.260, aprovada por unanimidade no Congresso Nacional, reconheceu a responsabilidade do Estado Brasileiro pelo incêndio e demolição da antiga sede.

Praia do Flamengo, 132

    O prédio foi doado aos estudantes em 1942, pelo então presidente Getúlio Vargas. Até o golpe de 1964, o endereço foi palco de importantes lutas nacionais como a campanha “O Petróleo é Nosso”, que precedeu a criação da Petrobrás. Foi lá também que, nos anos 60, Vianinha, Ferreira Gullar, Cacá Diegues, junto de outros artistas e intelectuais, fundaram o CPC da UNE, referência para o movimento cultural estudantil. O prédio foi demolido pela ditadura na década de 80 e, mais tarde, o terreno foi invadido por um estacionamento clandestino.
   A entidade recuperou sua casa no dia 1º de fevereiro de 2007, após manifestação histórica pelas ruas da capital carioca, quando milhares de jovens de todas as regiões do país chegaram ao local, derrubaram o portão e armaram um acampamento por alguns meses. O acampamento recebeu a visita de personalidades da política, cultura e outros conhecidos e anônimos que declararam apoio à campanha “UNE de volta para casa”. Posteriormente, os estudantes conseguiram reaver a posse do terreno na justiça e depois a aprovação do projeto de lei da reconstrução.

Oscar Niemeyer assina


   A nova sede da UNE já vem marcada pelos traços de um dos maiores arquitetos do mundo. O carioca Oscar Niemeyer presenteou a entidade com o projeto de um Centro Cultural. O prédio esboçado por suas mãos (foto) terá 13 andares e nele serão construídos o Museu da Memória do Movimento Estudantil e o teatro dos estudantes.


Painel homenegeará Honestino Guimarães


   No lançamento da pedra fundamental da construção da nova sede, uma homenagem a todos que lutaram contra a ditadura militar será erguida na entrada. Para representar todos esses jovens, homens e mulheres que se entregaram na luta pela democracia brasileira, será inaugurado um enorme painel do herói Honestino Guimarães, estudante e ex-presidente da UNE, desaparecido político até dos dias de hoje. Honestino foi quem segurou a entidade no período mais difícil do regime de exceção, após a instauração do Ato Institucional número 5 (1968), época de perseguições, torturas e mortes de muitos jovens. O painel mostra uma conhecida foto de Honestino, registrada no livro “O Poder Jovem” de Arthur Poerner.

Exposição Memória do Movimento Estudantil


   Para celebrar o início das obras, haverá também a reedição da Exposição “Memória do Movimento Estudantil”. Estarão expostos no terreno painéis que contam a história da mobilização de universitários e secundaristas, desde a criação do Conselho Nacional de Estudantes, em 1937, até hoje.
   Os banners, com mais de dois metros de altura, estão dispostas numa espécie de "linha do tempo", com registros de fatos importantes da história do Brasil. São momentos marcantes que mostram a participação dos estudantes em campanhas como "O Petróleo é Nosso", da década de 50; na luta contra o regime militar, durante os anos 60; e no levante dos caras pintadas durante o "Fora Collor", em 1992.
   A exposição integra o Projeto Memória do Movimento Estudantil, realizado em parceria com a Petrobrás, o Museu da República e a Fundação Roberto Marinho. Ainda estão previstos para este ano o lançamento de um livro e dois documentários para completar o registro do acervo.

Fonte: http://www.une.org.br/home3/movimento_estudantil/movestudantil_-_2010/m_18538.html

domingo, 12 de dezembro de 2010

Confraternização Turma 2010.2 - Pedagogia UFPB

   É como muita saudade que a turma 2010.2 do curso de Pedagogia da UFPB - Campus III se despede de mais um Periodo Letivo, com a certeza do dever cumprido e com a esperança de um Natal repleto de alegrias e um 2011 cheio de realizações.

   Espero que todos os companheiros de turma possam receber todas as bençãos do Papai do Céu, que nosso próximo periodo seja mais um degrauzinho a subir...

 
Fiquem a Vontade e Vejam Nossas Fotos:
 
 
 
 
 
Até 2011!

Meia-Entrada - Um Direito Ameaçado

Dúvidas Meia-Entrada



     Como forma de garantir a complementação da formação acadêmica dos jovens, a UNE conseguiu, na década de 40, o direito do estudante pagar somente metade do valor dos ingressos em shows, teatros, cinemas e atividades esportivas e culturais. A entidade passou então a confeccionar a carteira de identificação estudantil, para garantir o cumprimento deste direito. Pouco tempo depois, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) também começou a emitir as carteiras estudantis.
     Após o golpe militar, com o fechamento das entidades estudantis, deu-se início ao processo de descaracterização da meia-entrada. As carteirinhas, antes emitidas pela UNE e pela UBES, passaram a ser livremente produzidas pelas próprias escolas e cursinhos. No final da década de 70 e início da década de 80, era comum encontrar camelôs vendendo, em praça pública, identidades estudantis falsas e sem legitimidade.

    


     Com a reconstrução das entidades estudantis, o benefício da meia-entrada foi reestruturado com Leis Estaduais por todo país. As carteiras passaram a ser emitidas com maior segurança e mais benefícios pela UNE e a UBES.
Infelizmente, durante o governo FHC, a Medida Provisória (MP) 2.208/01 derrubou essas conquistas, permitindo qualquer escola, curso, agremiação ou entidade estudantil produzir a carteira, sem nenhum parâmetro ou fiscalização. Dessa forma, multiplicaram-se as "empresas de carteirinha", com claros objetivos financeiros, sem nenhum compromisso com a credibilidade da identificação estudantil. A meia-entrada começou a ser desvirtuada por produtores de eventos culturais mal intencionados, que buscam de todas as formas desacreditá-la ou mesmo tirar proveito para aumentar o preço dos ingressos.
     Em todos estados, através das entidades estudantis estaduais e municipais, a UNE e a UBES continuam defendendo a institucionalização da meia-entrada e a seriedade na emissão do documento estudantil.

Leia aqui perguntas frequentes sobre a meia-entrada
Veja aqui as leis da meia entrada em cada estado

13º CONEB


De 14 a 17 de janeiro, a capital fluminense vai receber estudantes de todos os estados do país para atualizar a agenda de lutas do movimento estudantil


Os estudantes brasileiros se preparam para um novo momento de lutas quando o país entrará em um importante processo político com a posse da nova presidente do país, Dilma Rousseff. Os desafios e possibilidades nesse período são inúmeros e é a força da mobilização do movimento estudantil nas ruas que vai garantir os avanços para a educação. E é nesse clima que a UNE convoca para os dias de 14 a 17 de janeiro, no Rio de Janeiro, o seu 13º Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB).


Um dos principais fóruns do movimento estudantil, o CONEB da UNE é uma instância deliberativa que vai atualizar a opinião e o posicionamento da entidade acerca de diversos temas, como os rumos do desenvolvimento econômico e social do Brasil, políticas para a juventude, mídia e comunicação, questão agrária, saúde, assistência estudantil, educadores, trabalho, Reuni, Prouni, entre muitos outros assuntos de interesse dos estudantes brasileiros.


O evento será ainda uma atividade integrada à 7ª Bienal da UNE, que acontecerá na sequência, entre os dias 18 e 23 de janeiro, também na capital fluminense.


“Nas ruas de hoje o Brasil do amanhã”


Aproximadamente 4 mil estudantes são esperados nos quatro dias do CONEB, no qual acontecerão mais de 20 mesas de debates e grupos de discussão. O tema escolhido para o 13º CONEB da UNE é “Nas ruas de hoje o Brasil do amanhã”, e traz para a reflexão o sentido da universidade nos tempos atuais e a projeção de um novo Brasil a partir da educação.


Serão quatro dias de intensas discussões que culminarão em uma plenária final, na qual os delegados eleitos nas universidades de todo o Brasil aprovarão um documento que vai reunir as propostas da UNE para o próximo período. O objetivo da UNE é sair do 13º CONEB com uma pauta renovada. Um dos desafios que se coloca é a aprovação do Plano Nacional de Educação, que dê as diretrizes do Sistema Nacional de Educação. Os centros e diretórios acadêmicos apontarão ainda que caminhos o movimento estudantil deverá seguir. A materialização e o amadurecimento das pautas resultantes do 13º CONEB da UNE darão a tônica de uma ampla Jornada Nacional de Lutas programada para março de 2011.


“O 13º CONEB tem a missão também de preparar a UNE e os estudantes para participar de importantes momentos em 2011, como a Conferência Nacional de Juventude. Será um ótimo espaço de mobilização, do qual sairemos com propostas de grandes mobilizações para concretizarmos as pautas do movimento estudantil”, avalia o vice-presidente da UNE, Tiago Ventura.


“Através do 13º CONEB teremos condições de qualificar melhor nossa pauta de reivindicações direcionadas ao novo governo que assumirá em 2011. O Conselho cumprirá papel de tratar mais da educação e mobilizar os estudantes brasileiros”, antecipa o secretário-geral da UNE, Antonio Henrique.


Credenciamento


“Seja por meio dos CAs, DAs, CUCAs, empresas juniores, núcleos de pesquisa e extensão, todo e qualquer estudante que se organiza de alguma maneira dentro das universidades está convocado para fazer parte do 13º CONEB da UNE. É a partir das decisões tomadas por este Conselho que conseguiremos avançar na busca de mais qualidade na educação”, afirma o diretor de Relações Internacionais da UNE, Daniel Iliescu.


Qualquer estudante do Brasil pode participar do 13º CONEB. Para isso basta procurar o Diretório Acadêmico (DA) ou Centro Acadêmico (CA) da Instituição de Ensino Superior, que deverá fazer o credenciamento. Os participantes podem ser credenciados como observadores e delegados. Para ser delegado, com direito a voto na plenária final, é preciso ser indicado como representante de sua entidade, preencher a ata de eleição e enviar os documentos solicitados no regimento do CONEB.


O credenciamento será realizado dia 10 de dezembro, nos estados de origem de cada entidade. Lembrando que delegados, suplentes ou observadores pagam uma taxa de R$ 100,00. O pagamento da inscrição assegura direito ao alojamento e a alimentação.



7ª Bienal da UNE



 Abrindo a série de mega-eventos desta década na cidade do Rio de Janeiro, a 7ª Bienal da UNE, maior festival estudantil da América Latina, ocupará a cidade maravilhosa entre os dias 18 e 23 de janeiro. Prenunciando a movimentação da Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, cerca de 10 mil jovens de todas as regiões do Brasil e também do exterior participarão de uma intensa programação de atividades culturais, científicas e esportivas, em diversos espaços da capital. A Bienal, que completa 12 anos de experimentação e valorização da identidade nacional, traz desta vez o tema “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”. Inscrições de trabalhos nas mostras estão abertas até 30 de novembro. Clique aqui e consulte o regulamento.

sábado, 18 de setembro de 2010

Linhas pedagógicas

Você está procurando uma boa escola para matricular seu filho? Tem dúvidas sobre as metodologias de ensino aplicadas por cada uma? Atualmente, as escolas passam por profundas alterações em suas propostas, baseadas em diferentes concepções de aprendizagem difundidas ao longo do século 20.


É de fundamental importância saber que existem diferentes linhas pedagógicas que vêm apresentando-se como alternativas ao método tradicional. Construtivista, Montessoriana, Waldorf ou Tradicional, conheça agora as principais correntes pedagógicas adotadas pelas escolas.

A Partir de Hoje algumas das Principais linhas Pedagógicas estarão sendo abordadas em nosso Blog.

Linha Construtivista


Inspirado nas idéias do suíço Jean Piaget (1896- 1980), o método procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas.
Uma aluna de Piaget, Emilia Ferrero, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita e concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que esteja em ambiente que estimule o contato com letras e textos.
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as características do mundo.

Noções como proporção, quantidade, causalidade, volume e outras, surgem da própria interação da criança com o meio em que vive. Vão sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a realidade de um modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos iniciais, e sua conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um mundo de objetos e de pessoas onde começa a ser capaz de fazer antecipações sobre o que irá acontecer.

O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem. A teoria condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno.

As disciplinas estão voltadas para a reflexão e auto-avaliação, portanto a escola não é considerada rígida.

Existem várias escolas utilizando este método. Mais do que uma linha pedagógica, o construtivismo é uma teoria psicológica que busca explicar como se modificam as estratégias de conhecimento do individuo no decorrer de sua vida.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vem AI... III FIPED




O III FÒRUM INTERNACIONAL DE PEDAGOGIA - FIPED constitui-se em um espaço para apresentação das pesquisas que estão sendo desenvolvidas no âmbito da Graduação em Pedagogia e demais áreas envolvidas com a educação. O Fórum mantém sua atenção centrada na figura do(a) graduando(a) e, através das atividades estruturadas para o evento procurará apresentar a(o)s participantes alternativas de inserção no mundo da pesquisa e da extensão.


As inscrições estarão abertas no período de 24/05 a 30 de outubro de 2010 e deverão ser efetivadas através do preenchimento do formulário de inscrição online no site do evento (www.uece.br/eventos/3fiped). Valores de inscrições constam no edital, link download.

Inscrições e Informações pelo Site: http://www.uece.br/eventos/3fiped/

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Profissão Pedagogo Escolar

Esta seção disponibiliza materiais sobre a atuação, a função e o papel do pedagogo na escola.


Quem é o pedagogo na escola?


Segundo Saviani:


"Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É , pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. (...) A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar."


Assim:


"Empenhem-se no domínio das formas que possam garantir às camadas populares o ingresso na cultura letrada, vale dizer, a propriação dos conhecimentos sistematizados. E, no interior das escolas, lembrem-se sempre de que o papel próprio de vocês será provê-las de organização tal que cada criança, cada educando, em especial aquele das camadas trabalhadoras, não veja frustrada a sua aspiração de assimilar os conhecimentos metódicos incorporando-os como instrumento irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova qualidade às sua lutas no seio da sociedade".(SAVIANI,1985)

Segundo Libâneo:


“Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação histórica. Em outras palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações.”


“A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula(conteúdos, métodos, técnicas,formas de organização da classe),na análise e compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula.” (LIBÂNEO, 1996)


Referências:


LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (org.). São Paulo; Cortez, 1996, p. 127.

SAVIANI, Demerval, Sentido da pedagogia e papel do pedagogo, ANDE / Revista da Associação Nacional de Educação, n.º 9, 1985.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Curso de Pedagogia: Um Breve Histórico e um Resumo da Situação Atual

O Curso de Pedagogia já foi regulamentado, a nível nacional, três vezes: em 1939, em 1962, e em 1969.




A) A primeira regulamentação se deu através do Decreto-lei n.º 1.190, de 4 de abril de 1939, que organizou a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, e que instituiu o chamado "padrão federal" ao qual tiveram que se adaptar os currículos básicos dos respectivos cursos oferecidos por outras instituições de ensino superior do Brasil (vide a respeito A Formação de Recursos Humanos para a Área de Educação, Documento II, CEAE, pp. 22; sobre o "padrão federal" vide Florestan Fernandes, Educação e Sociedade no Brasil, p. 220). O currículo (no caso pleno, não mínimo) baixado para o Curso de Pedagogia por este Decreto-lei esteve em vigência durante vinte e três anos, só vindo a ser reformulado com o advento a Lei de Diretrizes e Bases.


Este Decreto-lei criou o chamado Esquema 3+1, ou seja, o Esquema através do qual em curso de duração de três anos (dentre os quais se incluía o de Pedagogia) o indivíduo obtinha o Bacharelado, ao qual se acrescentava o diploma de Licenciatura (também para a Pedagogia) após mais um ano do chamado "Curso de Didática". Portanto, em relação à Pedagogia, havia um Bacharelado de três anos e uma Licenciatura de quatro. O Bacharel em Pedagogia, sem a formação complementar do Curso de Didática, era conhecido como um "técnico em educação", embora nunca houvesse sido definidas de maneira precisa suas funções (vide Documento II, CEAE, p. 23). O Licenciado em Pedagogia tinha direito de lecionar em Escolas Normais.


Leia todo o Artigo no site:
http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/MISC/pedagogia.htm

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Desenvolvimento Humano Na Teoria De Piaget

Apresentação



O estudo do desenvolvimento do ser humano constitui uma área do conhecimento da Psicologia cujas proposições nucleares concentram-se no esforço de compreender o homem em todos os seus aspectos, englobando fases desde o nascimento até o seu mais completo grau de maturidade e estabilidade. Tal esforço, conforme mostra a linha evolutiva da Psicologia, tem culminado na elaboração de várias teorias que procuram reconstituir, a partir de diferentes metodologias e pontos de vistas, as condições de produção da representação do mundo e de suas vinculações com as visões de mundo e de homem dominantes em cada momento histórico da sociedade.

Dentre essas teorias, a de Jean Piaget (1896-1980), que é a referência deste nosso trabalho, não foge à regra, na medida em que ela busca, como as demais, compreender o desenvolvimento do ser humano. No entanto, ela se destaca de outras pelo seu caráter inovador quando introduz uma 'terceira visão' representada pela linha interacionista que constitui uma tentativa de integrar as posições dicotômicas de duas tendências teóricas que permeiam a Psicologia em geral - o materialismo mecanicista e o idealismo - ambas marcadas pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o psíquico.

 Um outro ponto importante a ser considerado, segundo estudiosos, é o de que o modelo piagetiano prima pelo rigor científico de sua produção, ampla e consistente ao longo de 70 anos, que trouxe contribuições práticas importantes, principalmente, ao campo da Educação - muito embora, curiosamente aliás, a intenção de Piaget não tenha propriamente incluído a idéia de formular uma teoria específica de aprendizagem (La Taille, 1992; Rappaport, 1981; Furtado et. al.,1999; Coll, 1992; etc.).

O propósito do nosso estudo, portanto, é tecer algumas considerações referidas ao eixo principal em torno do qual giram as concepções do método psicogenético de Piaget, o qual, segundo Coll e Gillièron (1987:30), tem como objetivo "compreender como o sujeito se constitui enquanto sujeito cognitivo, elaborador de conhecimentos válidos", conforme procuraremos discutir na seqüência deste trabalho.


Mais Informações no Site: http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm





Os Cegos e o Elefante

Numa cidade da India viviam sete sabios cegos. Como seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas os consultavam.
Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles, que de vez em quando discutiam sobre qual seria o mais sábio.
Certa noite, depois de muito debaterem acerca da verdade da vida, e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:

- Somos cegos para que possamos ouvir melhor e compreender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí brigando como se quisessem ganhar uma competição. Não aguento mais! Vou-me embora.
No dia seguinte, chegou á cidade um comerciante montado num elefante imenso. Os cegos jamais haviam tocado nesse animal e correram para ao encontro dele.

O primeiro sábio apalpou a barriga do bicho e declarou:


- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar em seus m£sculos e eles não se movem: parecem paredes.

- Que bobagem! - disse o segundo sábio, tocando na presa do elefante.

- Este animal é pontudo como uma lança, uma arma de guerra. Ele se parece com um tigre-dente-de-sabre!

- Ambos se enganam! - retrucou o terceiro sábio, que apalpava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia.

- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Seus movimentos são ondeantes, como se seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante!

- Vejam só! Todos vocês, mas todos mesmo, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma cordinha presa no corpo. Posso até me pendurar nele.

E assim ficaram debatendo, aos gritos, os seis sábios, durante horas e horas. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.

Ouvindo a discussão, ele pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e errados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:
- Assim os homens se comportam diante da verdade. Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo e continuam sempre tolos.

Aula de Metodologia do Trabalho Ciêntifico - Prof: Rita Cristiana

Retirado de http://blogs.abril.com.br/singrandohorizontes/2008/10/folclore-hindu-os-cegos-elefante.html


Assistencialismo: Uma Visão Ainda Encarada na Educação Infantil



Durante muitos anos o conceito de educação infantil foi encarado por diversos estudiosos como uma forma de superar a miséria, a pobreza, a negligencia das famílias, etc. Foi a partir do século de XVIII e XIX, quando surgiu o conceito de infância concebendo a criança como um ser único dotado de habilidades e capacidades, que houve uma grande expansão na rede de escolas de educação infantil, porém o seu caráter de compensação: os de ordem sanitária, alimentar e os que dizem respeito à assistência social se mantiveram e ainda se mantêm.
As mudanças sociais advindas do processo de industrialização e de urbanização, acrescidas do aumento populacional e da mudança do papel da mulher, foram responsáveis por tal alteração como afirma Kramer:

 
"A segunda guerra mundial provocou um novo impulso ao atendimento pré-escolar, voltando-se principalmente para aquelas crianças cujas mães trabalhavam em indústrias bélicas ou naquelas em que substituíam o trabalho masculino. (...) Por um lado, foi introduzido o conceito de assistência social para as crianças pequenas, sendo ressaltada a sua importância para a comunidade na medida em que liberava a mulher para o trabalho."
(KRAMER, 2003, p. 27)

Ou seja, ordem sanitária e alimentar, assistência social, diferenças culturais e novas teorias psicológicas foram fatores que interferiram para a expansão da educação infantil nos últimos tempos.
Em 1879 já era possível identificar manifestações em relação às instituições de educação infantil, mas foi a partir da fundação do Instituto de Proteção e Assistência a Infância do Rio de Janeiro e a inauguração da creche da Companhia de Fiação e Tecido Corcovado (RJ) - a primeira creche brasileira para filhos de operários - que ocorreram no ano de 1899, que se deu um grande marco inicial das primeiras instituições pré-escolares no Brasil.

As primeiras iniciativas de atendimento à criança, em nosso país, partiram de higienistas, e médicos, como por exemplo, o Instituto de Proteção e Assistência a Infância do Rio de Janeiro (IPAI-RJ) que foi fundado pelo médico Arthur Moncorvo Filho e contava com 22 filiais em todo o país, sendo que 11 delas possuíam creche, buscando diminuir os altos índices de mortalidade infantil. O atendimento das crianças das classes desfavorecidas priorizava o cuidado físico, não tendo nenhuma preocupação com o desenvolvimento cognitivo, afetivo ou social. A educação compensatória aparece com um discurso de solução dos problemas educacionais e sociais, a fim de suprir as deficiências de saúde e nutrição, as escolares, ou as do meio sócio-cultural em que vivem as crianças.

Atualmente, as esclas de educação infantil são, na maioria, mantidas pela prefeitura da cidade na qual estão, e os profissionais que trabalham nas mesmas possuem formação no magistério e alguns com formação específica no curso superior de pedagogia, ou seja, essas instituições não são mais organizadas e mantidas por profissionais da área da saúde como ocorreu anteriormente.
Essas instituições de educação infantil atendem crianças com faixas etárias entre zero e cinco anos de idade, sendo a mesma considerada a primeira etapa da educação básica tendo como prioridade o desenvolvimento integral da criança.

Apesar da mudança e da valorização do caráter pedagógico da instituição infantil, o pensamento compensatório e assistencial ainda se mantém presente.
Anteriormente eram as crianças cujos pais que se mantiam ausentes durante um longo período que frequentavam este tipo de instituição, porém isso tem mudado nos dias de hoje. Por conta de a sociedade em geral estar mais consciente da importância das experiências na primeira infância acaba por motivar as demandas por uma educação institucional para crianças de zero a cinco anos de idade.
Há ainda também, uma grande quantidade de pais que matriculam seus filhos nas escolas de educação infantil não pensando no seu caráter educativo e social, mas sim na intenção de garantir aos mesmos momentos de cuidado, de higienização e alimentação por parte das instituições, passando a sua responsabilidade de cuidar para as mesmas, o que vejo como algo inadmissível. Acredito que por ser um período em que a criança necessita de uma série de cuidados para a sua sobrevivência, a educação infantil acaba por refletir, de maneira errônea, um momento de cuidado da mesma.
Imagem Retirada do Site Só Pedagogia

A faixa etária na qual a educação infantil atende é marcada pelo desenvolvimento intelectual, social e emocional da criança. Tais desenvolvimentos englobam todo um contexto na quais pais, familiares e até mesmo as instituições de educação infantil contribuem para os mesmo. Mas infelizmente, muitos pais acreditam que por estarem uma grande parte do tempo com a criança, cabem também as instituições de educação infantil o papel de não somente educar a criança, mas sim de cuidá-las de modo assistencial e compensatório, desempenhando o papel da família em relação à criança.
Uma das conseqüências da presença do caráter compensatório nas instituições de educação infantil é de que o mesmo acaba por esconder que as causas do fracasso escolar estão na própria infra-estrutura socioeconômica da sociedade. (KRAMER, p.102, 2001). De forma implícita, também, a educação compensatória causa a antecipação da marginalização e a discriminação das crianças das classes sociais dominadas por enfatizar a importância em suprir deficiências e diferenças.

Apesar de aparentar ser um local de assistência a criança, a educação infantil possui outro caráter que infelizmente aparece de forma implícita para diversas pessoas. A função das instituições infantis vai além da assistência e do cuidado com a criança pequena, elas contribuem para o desenvolvimento infantil, desenvolvimento da cultura de origem de cada criança; e também ao mesmo tempo situa-se no âmbito de uma política sócio-educativa de apoio a família; sendo que a socialização deve possuir um espaço fundamental nos objetivos da instituição, garantindo a inserção da criança na cultura adulta.
A instituição de educação infantil cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. As condições de aprendizagem não se dão somente dentro das salas de aulas, mas ocorrem nas brincadeiras, afinal, durante o brincar a criança desenvolve-se fisicamente e intelectualmente.

Portanto, as instituições de educação infantil propiciam não só situações de cuidados, mas também brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada que contribuem para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. A educação auxilia o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas da criança. (Parâmetros Curriculares para Educação Infantil, 1998)

Concordo que ao estar frequentando a instituição de educação infantil a criança necessita de uma série de cuidados, tais como: higiene, saúde e alimentação, e também reconheço a impossibilidade de se separar o cuidado e a educação, porém suprir deficiências de saúde e de nutrição não deve se tornar uma responsabilidade e prioridade da instituição infantil, pois cabe aos pais da criança oferecer condições de assistência e sobrevivência a criança. Se o caráter assistencial for enfatizado durante o período escolar na infância não haverá necessidade de se ter professores nas instituições, mas sim enfermeiros e médicos.
Ou seja, a educação infantil não possui somente um caráter de assistencialismo e compensação, na verdade deve ser vista como um momento de aprendizagem sendo que ela pode cumprir sua função pedagógica ampliando o repertorio vivencial e de conhecimento das crianças, rumo à autonomia e a cooperação.





REFERÊNCIAS


BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Secretaria de Educação. Brincar. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília-DF: MEC/SEF, 1998. V1, V2 e V3.


BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


RIBEIRO, Maria Isabel. Educação Infantil: uma reflexão sobre o currículo e formação de professores. Net, Bahia, jul/dez, 2006. Diálogos possíveis. Disponível em acesso em 01 de jan 2010.

KRAMER, Sonia. A política pré-escolar no Brasil: arte do disfarce. São Paulo: Cortez, 2001.


KUHLMANN, Moysés Junior.Instituições pré-escolares assistencialistas no Brasil. São Paulo: Caderno de pesquisa, 1991.


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